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PROPOSTA DE TESTES FÍSICOS E TABELAS DE VALORES E DE CLASSIFICAÇÃO NA GINÁSTICA AERÓBICA

  • Foto do escritor: Borelli
    Borelli
  • 29 de jul. de 2021
  • 14 min de leitura

Atualizado: 12 de nov. de 2022



Uma das instâncias quando atuamos com o treinamento, tanto no alto rendimento como na formação de atletas (categorias de base), é termos acesso aos dados referentes as avaliações físicas relacionadas com o esporte ao qual está sendo trabalhado.


Em um bom número das modalidades esportivas é possível encontrar na literatura tabelas de valores e de classificação referentes a performance em testes físicos, tanto gerais como específicos, que acabam por fornecer indicadores relevantes no processo do treinamento.


A importância de avaliar no esporte é fundamental por alguns motivos, entre outros a destacar:


- Prescrição individualizada do treinamento

- Verificação dos pontos fortes e críticos do atleta

- Controle da carga interna do treino

- Acompanhamento do estágio atual do atleta (e sua evolução ou regressão) no decorrer da temporada

- Comparação dos valores da avaliação atual com as antigas

- Classificação do atleta avaliado em relação a sua equipe

- Indicadores de detecção de talentos nas categorias de base


Esse último item descrito acima será o tema primordial que envolverá a abordagem deste post.


TESTES,TABELAS DE VALORES E DE CLASSIFICAÇÃO


Quando falamos da Ginástica Aeróbica é escassa a publicação e divulgação de artigos e pesquisas referentes a dados de avaliações físico-técnicas da modalidade, tanto na categoria adulto como nas de base (infantil, infanto-juvenil e juvenil).


A Federação Internacional de Ginástica (FIG) publicou em 2017 (com atualização em 2020) um material denominado Age Group Development and Competition Program for Aerobic Gymnastics (Szloboda, Lemos, Johnson, Fink) o qual fornece diretrizes importantes no contexto que envolve o treinamento nas categorias de formação da Ginástica Aeróbica.


Nessa mesma obra, no tópico Physical and Technical Ability Testing Program for Aerobic Gymnastics, é apresentada uma série de avaliações físico/técnicas que servem como base para algumas comparações, apesar de demonstrar alguns entraves como a não veiculação dos resultados estabelecidos por sexo, idade e também pela inexistência de algum tipo de classificação relacionada com o resultado de cada teste.


Na minha concepção é importante ter o conhecimento dos valores de referência disponível para entender formas de como classificar e pontuar o atleta de acordo com seu desempenho nos diferentes testes físicos relacionado ao sexo e a faixa etária.


Na bibliografia do treinamento esportivo é possível encontrar dados de diversas avaliações mais comuns, como os saltos vertical e horizontal por exemplo, mas quando direcionamos para as mais específicas e propícias para a Aeróbica encontramos dificuldade em achar algo neste sentido.


As tabelas de classificação são interessantes para observarmos como determinado grupo está tabulado de acordo com os testes físicos indicados e possibilitar uma comparação com outras amostras diferentes.


É de fundamental importância também ter a informação da origem desse banco de dados, ou seja, de que lugar provém essa população, qual o esporte praticado, nível dos avaliados, sexo, idade entre outros fatores.

Um ponto muito importante também a ser ressaltado quando nos reportamos ao processo de formação de atletas é que não devemos levar apenas a idade cronológica em consideração, temos que nos atentar muito à biológica.


É claro que situações que abrangem fatores como crescimento, desenvolvimento e maturação biológica podem (e fatalmente irão!) apresentar quadros distintos no universo das crianças e adolescentes.


As vastas investigações relatam que no decorrer desses processos biológicos teremos indivíduos que apresentarão quadros dentro da média mas também outros que manifestarão situações de desenvolvimento de formas precoce ou tardia e tudo isso deverá ser levado em consideração para as análises mais pontuais.


REFERÊNCIAS IMPORTANTES NA ÁREA DA DETECÇÃO DE TALENTOS


É de suma importância termos o conhecimento de alguns marcos consistentes da produção acadêmica nacional quando tratamos do assunto talento e esporte.


Nesse post abordaremos dois de bastante relevância no âmbito do treinamento esportivo : Estratégia Z e PROESP-Br.


  • ESTRATÉGIA Z


Em 1987 o Doutor Victor Matsudo do CELAFISCS (São Paulo) juntamente com outros dois autores (Ricardo Rivet e Mônica Pereira) publicaram no Journal of Sports Science a Estratégia Z CELAFISCS.


Essa proposta, reconhecida inclusive pela comunidade esportiva internacional, foi criada para servir como uma importante ferramenta de diagnóstico na detecção de talentos no esporte utilizando como base o cálculo estatístico, conhecido como índice Z.


A partir do resultado das avaliações físicas comparado à média aritmética e ao desvio padrão da população da mesma idade e sexo, é possível determinar o quanto cada indivíduo se afasta da normalidade populacional em unidades de desvio padrão, constatando se o avaliado apresenta alguma (ou algumas) variáveis de desempenho de destaque.


No artigo publicado por Matsudo et al, 2007 (Há Ciência na Detecção de Talentos ?) é detalhado o funcionamento do protocolo da Estratégia Z que é calculada, segundo os autores, com os dados das variáveis antropométricas, neuromotoras e de aptidão física.


A "Estratégia Z" foi utilizada para detectar os talentos esportivos ao distinguir os valores acima da média da população.


A análise é feita através da comparação dos resultados com os valores padrões de referência em termos de valores absolutos, diferença percentual e finalmente através da determinação da posição em relação à média populacional em unidades de desvio padrão, podendo ser realizada de forma individual ou na media da equipe ou do grupo de esportistas.

Para isso se determinava o índice Z, como indica a figura 1.

onde:


z = distância em relação à média ou critério padrão de referência populacional

x = resultado do indivíduo em uma dada variável

x* = média de uma equipe em uma dada variável

u = média populacional ou critério padrão de referência da variável, na idade e sexo do indivíduo

µ = desvio padrão populacional da variável, na idade e sexo do indivíduo.


O artigo cita como como exemplo uma garota de 13 anos que saltou 32 cm no teste de impulsão vertical; sendo a média esperada para a sua idade igual a 28 cm e um desvio padrão igual a 4 cm. Desta forma a figura 2 mostra que o índice Z calculado foi igual a:

De acordo com as propriedades da curva normal, um Z = 1 significa que essa garota está um desvio padrão acima da média populacional ou que salta mais que aproximadamente 84,13% das meninas de sua idade ou ainda que apenas 15,87% desta população específica saltam mais que ela.


Os autores citam que existe uma expectativa para atletas com um determinado perfil para provas internacionais. Os dados sugerem que esses indivíduos demonstram resultados igual ou acima de 4 unidades de Z, o que indicaria que seu desempenho seria maior que 99,998% em relação a população de mesma idade e sexo ou então que a chance de encontrar um resultado parecido será menor que 0,01%.


Na figura 3 é apresentado um aptidograma utilizado na Estratégia Z com as variáveis específicas para uma determinada modalidade esportiva e que demonstra o perfil do atleta através das unidades de Z.

É inegável a importância da Estratégia Z quando o assunto é detecção de talentos para o esporte e com isso se faz necessário pensarmos na necessidade iminente em gerarmos mais material e conteúdo relacionado com estudos ligados aos testes físicos dentro da própria modalidade, no caso em questão, a Ginástica Aeróbica.


Através dessas investigações poderemos ter as informações estatísticas necessárias referentes as avaliações, como a media e o desvio padrão divididos por sexo e faixa etária, possibilitando uma real detecção de talentos no universo da Aeróbica nacional.


  • PROESP-Br


De acordo com o próprio site (https://www.ufrgs.br/proesp/) o Projeto Esporte Brasil (PROESP-Br) funciona como um observatório permanente de indicadores de crescimento e desenvolvimento corporal, motor e do estado nutricional de crianças e jovens entre 6 e 17 anos.


Tem por objetivo auxiliar os profissionais de Educação Física na avaliação desses indicadores. O PROESP-Br propõe, através de um método, a realização de um programa cujas medidas e testes podem ser realizados na maioria das escolas, clubes e escolinhas esportivas do Brasil.


As informações enviadas ao site, através de uma bateria de testes para avaliação de parâmetros de saúde e desempenho motor de muito baixo custo, com o mínimo de materiais sofisticados, de fácil acesso e aplicação, evidentemente, resguardando rigorosamente critérios de validade, fidedignidade e objetividade, formam um rico e grandioso banco de dados capaz de propor normas e critérios para a classificação da aptidão física relacionada ao desempenho esportivo e à saúde.


A bateria de avaliações é composta por Medidas de Composição Corporal e pelos seguintes Testes para Aptidão física:


  • Aptidão cardiorrespiratória = Teste de corrida/caminhada de 6 minutos

  • Flexibilidade = Teste de sentar e alcançar

  • Resistência muscular localizada = Teste de abdominais em 1 minuto

  • Potência de membros superiores = Teste de arremesso de medicine ball de 2kg

  • Potência de membros inferiores = Teste de salto horizontal

  • Agilidade = Teste do quadrado de 4x4 metros

  • Velocidade = Teste de corrida de 20 metros


É possível acessar todas as avaliações propostas pela PROESP-Br (junto das diretrizes para a execução correta dos testes e das tabelas de classificação divididas por sexo e faixa etária) no Manual de medidas, testes e avaliações (Gaya et al,2021) podendo ser acessado no endereço abaixo:



A figura 4 apresenta um exemplo de tabela de classificação, no caso o Teste de arremesso de medicine ball de 2 kg, dividido pelo sexo e faixa etária.


Através dela é possível verificar a performance do avaliado e constar qual o nível de rendimento que o mesmo apresenta (desde fraco até excelência) e certamente essa passa a ser mais uma ferramenta importante no quesito detecção de talentos.


PROPOSTA DE TESTES FÍSICOS PARA A GINÁSTICA AERÓBICA


Como já explanado anteriormente existe uma carência na literatura com relação aos testes e seus respectivos resultados direcionados para a Ginástica Aeróbica e consequentemente também através disto, teremos uma ausência das tabelas de valores e classificação referentes a modalidade e que podem fornecer dados importantes dentro do processo de formação no treinamento a longo prazo.


Na minha concepção técnica, as avaliações que serão apresentadas abaixo são consideradas importantes no que tange a preparação física envolvida no treinamento de um atleta de Ginástica Aeróbica.


Para esse fim foram selecionados alguns testes físicos de fácil aplicação e uso mínimo de material ou tecnologia, sendo apenas indicado a utilização de um aplicativo (pago apenas uma única vez) e que pode ser baixado no celular para a mensuração mais precisa de alguns dos saltos propostos.


Um ponto interessante também a destacar é que a maioria das avaliações podem ser encontradas facilmente em canais do YouTube.


Os testes físicos a seguir foram divididos por capacidades e habilidades motoras consideradas fundamentais para o ótimo rendimento na modalidade, a destacar a Saltabilidade, Força e Agilidade/Velocidade.


Obs*- Apesar da importância da Flexibidade na Ginástica Aeróbica os testes propostos para essa valência física estão enquadrados, dentro do sistema de treinamento por mim utilizado, no conteúdo relacionado às avaliações técnicas que não serão discutidas nesta publicação.


Com relação a algum tipo de teste para mensurar a capacidade e a potência anaeróbia, fator determinante na alta performance da modalidade, serão publicadas duas postagens em breve direcionadas a esse conteúdo específico e em função disto também não será abordado esse tipo de avaliação nesse texto.


Então agora, vamos aos testes propostos:


SALTABILIDADE


Objetivo: Avaliação da força e potência dos membros inferiores


Squat Jump (SJ)


Segundo Bosco, este protocolo avalia a força explosiva sem a reutilização da energia elástica e nem o aproveitamento do reflexo miotático.


Outros autores como Vélez e Vittori também denominam essa avaliação como Teste de Força Explosiva Concêntrica ou Teste de Força Máxima Dinâmica.


É um salto sem contramovimento, anulando desta forma o ciclo de estiramento-encurtamento (CAE), e com ausência da ação dos braços (mãos fixas na cintura no decorrer de todo o procedimento).


A posição inicial começa a partir de uma semiflexão de joelhos sendo sustentada entre 3-5”para que o indivíduo não realize o contramovimento e imediatamente após execute um salto vertical na máxima altura possível, realizando 3 tentativas com intervalo de 30” entre elas anotando a melhor marca. (figura 5)

Counter Movement Jump (CMJ)


O CMJ avalia a força explosiva com a reutilização da energia elástica mas sem o aproveitamento do reflexo miotático.


Vélez e Vittori intitulam essa avaliação como Teste de Força Concêntrica-Elástica-Explosiva ou Teste de Força Explosivo-Elástica.


É um salto com contramovimento e da mesma forma que o SJ é realizado sem a ação dos braços (mãos fixas na cintura no decorrer de todo o procedimento).


O salto tem seu início com o indivíduo em pé e na sequência o mesmo se movimenta para baixo, efetuando a flexão de quadril, joelho e tornozelo e em seguida, em um movimento contínuo, estende essas articulações realizando um salto vertical na máxima altura possível, realizando 3 tentativas com intervalo de 30” entre elas anotando a melhor marca. (figura 6)

Abalakov (ABK)


Utilizado para quantificar a influência “coordenativa” pela simples diferença com o CMJ.


É um salto vertical livre com contramovimento e influência dos braços, encontrando uma grande relação com os saltos específicos do código de pontuação da Ginástica Aeróbica por utilizarem também o auxílio dos membros superiores.


Segue os mesmos procedimentos do CMJ mas se diferenciando pela ação dos membros superiores durante todo o procedimento do teste. (figura 7)


Da mesma forma que os testes anteriores são realizadas 3 tentativas com intervalo de 30” entre elas anotando a melhor marca.

Obs*- Para a mensuração dos valores do SJ, CMJ e ABK poderão ser utilizados para esse fim alguns aplicativos específicos que são baixados e instalados no celular.


Em maio/2020 foi publicado neste blog uma citação referente a um desses aplicativos em uma postagem denominada PROPOSTA DE AVALIAÇÃO ATRAVÉS DO SALTO VERTICAL COMO CONTROLE DE RENDIMENTO NA AERÓBICA (CMJ 75%) no tópico COMO MEDIR? e para maiores detalhes é imprescindível a leitura do post.


Impulsão Vertical (IV)


Partindo da posição em pé, calcanhares no solo, pés paralelos e corpo lateralmente à parede com apenas o braço dominante elevado verticalmente.


Considerando como ponto de referência à extremidade mais distal das polpas digitais da mão dominante comparada à fita métrica, será determinado o deslocamento vertical em centímetros através da diferença da melhor marca atingida e do ponto de referência.


Após isso o avaliado afasta-se ligeiramente da parede no sentido lateral para poder realizar o salto tendo por objetivo tocar as polpas digitais da mão dominante que deverá estar marcada com pó de giz ou magnésio, no ponto mais alto da fita métrica realizando 3 tentativas com intervalo de 30” entre elas e anotando a melhor marca. (figura 8)


Salto Horizontal (SH)


O procedimento será de acordo com as indicações do PROESP-Br

Material: Uma trena e uma linha traçada no solo.


Orientação: A trena é fixada ao solo, perpendicularmente à linha, ficando o ponto zero sobre a mesma.


O indivíduo coloca-se imediatamente atrás da linha, com os pés paralelos, ligeiramente afastados, joelhos semiflexionados, tronco projetado um pouco à frente e ao sinal do avaliador o atleta deverá saltar horizontalmente a maior distância possível. (figura 9)


Anotação: A distância do salto será registrada em centímetros, com uma decimal, a partir da linha traçada no solo até o calcanhar mais próximo desta.


Serão realizadas 3 tentativas com intervalo de 30” entre elas e a melhor marca deverá ser anotada.

FORÇA

Objetivo : Avaliação da força de membros superiores e da região abdominal


Teste de Flexões Pliométricas Alternadas


Em setembro/2020 foi divulgado neste blog uma sugestão referente a um teste para mensurar a força e a resistência de força de membros superiores em uma postagem denominada PROPOSTA DE AVALIAÇÃO PARA MEMBROS SUPERIORES-TESTE DE FLEXÕES PLIOMÉTRICAS ALTERNADAS.


Todo o histórico, procedimento e protocolo encontra-se no post citado acima e a leitura do mesmo é recomendada para a correta aplicação da avaliação indicada pois além do texto, existe um vídeo no final da publicação com a execução do teste.


Com relação ao protocolo sugerido para o Teste de Flexões Pliométricas Alternadas, a recomendação é que se avalie o ginasta através da execução de 2 séries de 15” de flexões na mais rápida velocidade, com alternância entre as peitorais (saindo de uma altura de queda de 15cm) com as de tríceps. O intervalo deverá ser de 15” entre as séries.


Para iniciar o teste o atleta assume a posição de flexão peitoral com as mãos apoiadas sobre 2 caixas de suporte, com altura de 15 cm e uma distância de 45 cm entre elas. (Figura 10 a)

A partir daí o ginasta realiza a flexão até o peitoral chegar na linha das caixas e na sequência estende os braços impulsionando com vigor o tronco para cima (Figura 10 b), perdendo o contato com os suportes e aterrissando ao solo na posição de tríceps (Figura 10 c).

Imediatamente após o contato das mãos com o piso o atleta executa a flexão tríceps descendo o peito até próximo ao solo e em seguida impulsiona-se para cima dos apoios (Figura 10 d) para que no prosseguimento fique novamente na postura de flexão peitoral (Figura 10 e).


Esse ciclo completo é considerado como 1 repetição e o ginasta deverá efetuar o maior número de vezes possível sempre respeitando a técnica de execução, mantendo a região do core estabilizada e permanecendo com os pés unidos e no solo durante toda a avaliação.


Obs* - Na postagem indicada acima existe o protocolo específico para a anotação dos dados obtidos no decorrer do teste.

Abdominal em Suspensão no Espaldar


O avaliado deverá posicionar-se de costas para o espaldar segurando na barra superior do aparelho. Na sequência é orientado a realizar uma flexão do quadril até 90° com as pernas estendidas e a partir daí será dada continuidade ao movimento (mantendo sempre os membros inferiores unidos e estendidos) até a ponta dos pés encostar na barra na qual as mãos estão sustentando o corpo durante o decorrer de toda a avaliação.


Ao regressar (mantendo sempre as pernas estendidas) deverá descer até a metade do percurso (90°) e imediatamente realizar novamente o mesmo movimento anterior.

Cada vez que o indivíduo sair da metade do percurso, tocar os pés na barra superior e voltar ao meio da trajetória, conta-se uma repetição completa.


Essa posição poderá ser enfatizada colocando o avaliador segurando um bastão exatamente no meio da trajetória, e assim que o indivíduo encostar no aparato automaticamente volta a realizar outra flexão de quadril tocando novamente com os pés na barra superior. (figura 11)

O movimento será repetido o número máximo de vezes possíveis e só serão computados as repetições completas.

AGILIDADE/VELOCIDADE

Objetivo : Avaliação da agilidade e velocidade de deslocamento


Teste do Quadrado


O procedimento será de acordo com as indicações do PROESP-Br

Material: um cronômetro, um quadrado desenhado em solo antiderrapante com 4m de lado, 4 cones de 50 cm de altura.


Orientação: O indivíduo parte da posição de pé, com um pé avançado à frente imediatamente atrás da linha de partida. Ao sinal do avaliador, deverá deslocar-se até o próximo cone em direção diagonal.


Na sequência, corre em direção ao cone à sua esquerda e depois se desloca para o cone em diagonal (atravessa o quadrado em diagonal).


Finalmente, desloca-se em direção ao último cone, que corresponde ao ponto de partida. O avaliado deverá tocar com uma das mãos a cada um dos cones que demarcam o percurso. (figura 12)


O cronômetro deverá ser acionado pelo avaliador no momento em que o indivíduo realizar o primeiro passo tocando com o pé o interior do quadrado.


Anotação: A medida será registrada em segundos e centésimos de segundo (duas casas após a vírgula).


Serão realizadas 3 tentativas com intervalo de 2-3’ entre elas e a melhor marca deverá ser anotada.

Salto em Quadrante


Metodologia: O desenho das linhas é montado em uma superfície plana e aderente como uma quadra poliesportiva, por exemplo.


Ao início do teste, o sujeito salta por sobre as linhas, seguindo a ordem numérica representada na figura 13.


A cada salto em um quadrante correto é atribuído um ponto e para cada salto no quadrante incorreto, ou cada vez que o pé tocar uma linha, 1.0 ponto deve ser subtraído.


O teste tem duração de 10 segundos, devendo ser realizado 3 vezes com intervalo de 2-3’ entre as tentativas e anotando no final o melhor resultado obtido.

Teste de Corrida de 10 metros


O avaliado parte da posição de pé, com um pé avançado à frente imediatamente atrás da linha de partida e ao sinal, deverá deslocar-se, o mais rápido possível, em direção à linha de chegada. (figura 14)


O cronômetro será acionado quando indivíduo der o primeiro passo com um dos pés além da linha de partida após o comando do avaliador e travado quando o avaliado cruzar a linha de chegada.


O tempo do percurso deverá ser anotado em segundos e centésimos de segundos.

Serão realizadas 3 tentativas com intervalo de 2-3’ entre elas e a melhor marca deverá ser anotada.

APRESENTAÇÃO DAS TABELAS DE VALORES E CLASSIFICAÇÃO PARA A AERÓBICA


É fundamental ressaltar que tanto a tabela de valores como a de classificação que serão apresentas para a modalidade mais abaixo (figuras 15, 16, 17 e 18), são pertinentes de uma única escola de treinamento situada no departamento de Ginástica Aeróbica da Sociedade Esportiva Palmeiras no período que perdura de 2005 até o ano atual (2021) e os dados utilizados foram compostos por suas respectivas ginastas no decorrer desses anos que formam um grupo de boa qualificação físico/técnica sendo que todas as participantes competem(competiram) em campeonatos de relevância na Aeróbica.


Todo o processo de treino foi programado, desenvolvido e aplicado pelos mesmos treinadores durante o período que proveram as informações para a construção desse banco de dados.


É óbvio que evoluções, ajustes e adaptações foram aplicadas no transcorrer destes 17 anos de trabalho mas as características e peculiaridades são inerentes a essa filosofia e metodologia de treinamento que indica gerar resultados dentro de um mesma perspectiva e padrão de rendimento.


Caso as mesmas avaliações fossem realizadas por outras equipes ou escolas de treinamento poderiam ocorrer respostas e resultados diferentes pois é fato que existem diversas formas de treinar ginastas, algumas enfatizando bastante a parte física e outras mais direcionadas para a preparação técnica, por exemplo, e isso fatalmente influenciaria no produto final.


Um dos objetivos desta postagem é fornecer dados que poderão ser utilizados tanto para comparações, análises, planejamento e controle de treinos como também alertar para resultados nas avaliações que demonstrem alguns indícios de possíveis talentos na modalidade.

Outro fator muito importante é fomentar em outros treinadores da Ginástica Aeróbica a necessidade de também avaliar seus ginastas nos testes propostos e publicarem de alguma maneira esses dados, seja através de artigos científicos, blogs como esse, redes sociais ou nos congressos técnicos anuais que ocorrem junto do Campeonato Brasileiro.


Certamente isso irá gerar um grande núcleo de informações no qual todos os envolvidos terão livre acesso, com até a possibilidade de ser um projeto chancelado pela própria Confederação Brasileira de Ginástica (CBG) e aplicado pelas federações estaduais.


Sem dúvidas será uma excelente plataforma de apoio que poderá, além de fornecer diretrizes importantes no processo de treino, ser uma ferramenta interessante na detecção de talentos para a modalidade.


Mãos a obra então!!


TABELAS DE VALORES E CLASSIFICAÇÃO - INFANTO JUVENIL (12-14 ANOS)



TABELAS DE VALORES E CLASSIFICAÇÃO - JUVENIL (15-17 ANOS)




 
 
 
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